sábado, 6 de agosto de 2011

stegossauro.

STEGOSSAUROS
 
O Stegossaurus tinha a cabeça pequena, o corpo amplo e desajeitado, e uma cauda provida de espigões. No meio das costas, ao longo da coluna, possuía duas fileiras de grandes placas ósseas. Essas barbatanas podiam atingir o triplo da altura da tela do seu computador. Apesar do seu ar feroz, o Stegossaurus era um pacato herbívoro. Um vigoroso golpe de cauda deste dinossauro bastava para acabar com qualquer inimigo. Comprido como dois carros e de peso equivalente, este bicho usava a longa

cauda para balancear seu peso. Sua cauda, grossa e musculosa, recoberta de placas ósseas, possuía na ponta espigões afiados, de 1m de comprimento cada um.
Provavelmente ele usava a cauda para se defender, e aos seus filhotes, dos dinossauros carnívoros.
 Ele caminhava pesadamente, apoiado sobre as quatro patas, mais as traseiras sustentavam todo o corpo. Não conseguia andar rápido ou correr, sendo assim presa fácil para ágeis carnívoros. Devido ao fato de sua cabeça ser miúda e que ficava próxima ao chão, o Stegossauros se alimentava principalmente de plantas rasteiras. A placas dorsais, segundo o pensamento dos cientistas, eram coloridas.

Elas podiam ser arrancadas com facilidade por um predador e, acredita-se que as placas funcionavam como um tipo de sistema regulador da temperatura. O bicho colocava o corpo numa posição em que as placas ficavam voltadas para o sol, colectando o máximo de calor nas manhãs frias. Depois de aquecido, podia movimentar-se em busca de alimento.

FICHA DO DINOSSAURO
NOME Stegossaurus, que significa "lagarto couraçado"
TAMANHO Até 7,5m de comprimento e 4m de altura
ALIMENTAÇÃO Samambaias e outras plantas rasteiras
QUANDO VIVEU 140 milhões de anos atrás, período Jurássico, na América do Norte.

Maiasaura.

MAIASAURA
 
No ano de 1979, em Montana (EUA) foram achados muitos ninhos de dinossauros com esqueletos de filhotes dentro deles. Um ninho isolado havia sido encontrado no ano anterior.
A espécie foi baptizada de maiasaura. O nome significa "lagarto boa mãe" e parece apropriado. Em um trecho de solo lamacento, os machos cavavam ninhos ocos e redondos, do tamanho de uma mesa média, forrando-os com folhas.
 
Ali as fêmeas botavam de 18 a 30 ovos de casca dura. Acredita-se que as mães maiasaura, talvez os pais também, vigiassem o ninho cheio de ovos, protegendo-os de qualquer tentativa de roubo. As fêmeas deviam ficar sentadas sobre os ovos para choca-los e, quando saíam para alimentar-se, outros adultos permaneciam de plantão no local. Quando os bebés-dinossauros rompiam a casca do ovo, os pais tratavam de trazer comida, basicamente plantas e frutos. Os pais maiasaura os mastigavam previamente e depois os davam aos filhotes. Os especialistas pensam que esses dinossauros alimentavam seus descendentes até que eles crescessem o suficiente para deixar

o ninho e batalhar sozinhos por sua sobrevivência. Antes dessa descoberta, pensava-se que as fêmeas abandonavam a ninhada. Os filhotes, antes de saírem do ovo, ficavam entregues à própria sorte. Num só lugar dos EUA foram encontrados tantos ninhos com esqueletos e pedaços de casca de ovos, que a conclusão dos cientistas só pode ser uma: existiram maiasaura vivendo aos bandos na América do Norte. Eles perambulavam pelas matas, mas voltavam sempre ao local dos ninhos, que assim eram usados mais uma vez.

Quando os filhotes já haviam crescidos a ponto de se cuidar sozinho, eles passavam a acompanhar o grupo, em sua busca de plantas frescas para comer. Sem possibilidades de defender-se sozinho, o maiasaura escapava dos carnívoros correndo rápido e escondendo-se na mata fechada. A natureza o compensou com um bom sentido de visão e de audição. Em caso de grande perigo, ele podia saltar para dentro de lagos ou rios. Conseguia nadar abanando a cauda, enquanto remava com as pernas dianteiras.

FICHA DO DINOSSAURO
NOME Maiasaura, que significa "lagarto boa mãe"
TAMANHO 9m de comprimento e 3m de altura
ALIMENTAÇÃO Plantas, folhas, frutos
QUANDO
VIVEU Entre 90 e 66 milhões de anos atrás, em Montana, EUA

Dicraeosaurus.

DICRAEOSAURUS
 
No recôndito das florestas de coníferas (árvores em forma de cone, isto é, os pinheiros) e dos palmeirais, os dicraeosaurus se embrenhavam para se alimentar de plantas e sementes. Altos e de pescoço longo e fino, tinham rabo fustigante como chicote e alguns dentes pontiagudos. Para o seu tamanho, o dicraeosaurus tinha uma cabeça bem pequena. Os olhos e as narinas também eram pequenos. Sendo herbívoro, devia ser atacado pelos dinossauros carnívoros. Não dispunha de couraça nem garras afiadas, mas podia se defender com o rabo.
 
Por ser mais leve e ágil, conseguia escapar correndo dos inimigos.Uma importante descoberta foi feita em 1907 na Tanzânia, na África. Grandes ossadas faziam supor que muitos dinossauros morreram junto à foz de um rio, e seus corpos foram arrastados para os bancos de lama. Alguns ossos eram de dinossauros ainda não descobertos. Dentre eles, o Dicraeosaurus, só baptizado em 1935.
 
FICHA DO DINOSSAURO
NOME Dicraeosaurus, que significa "lagarto bifurcado",devido às forquilhas
TAMANHO 6m de altura e 13 a 20m de comprimento
ALIMENTAÇÃO Plantas
QUANDO
VIVEU Entre 195 e 141 milhões de anos atrás, na África Orienta

stegoceras.


stegoceras:

Embora pequeno, o stegoceras era um animal valente. Bípede e herbívoro, ele fazia parte de um grupo extraordinário de dinossauros conhecido como pachycephalosaurus, que significa "répteis de cabeça grossa". Esse grupo possuía uma característica especial: o crânio espesso e arredondado. Na cabeça do stegoceras havia pequenas protuberâncias ósseas que se estendiam em semicírculo sobre os olhos e ao redor da nuca. Não se sabe ao certo para que servia essa carapaça, mas parece que a finalidade3 era enfeitar. Sem ser muito espesso na infância,o crânio engrossava à medida que o bicho se tornava adulto.

Alguns especialistas acreditam ter encontrado exemplares de stegoceras machos e fêmeas. Eles perceberam que alguns crânios são mais grossos do que outros e acham que os mais grossos pertenciam aos machos.
O crânio de um stegoceras macho podia medir até 6 cm de espessura, o que corresponde à metade da grossura de um tijolo.
O stegoceras provavelmente usava seu crânio, que era cinco vezes mais grosso que o humano, também como 


arma contra os predadores mais ferozes. A investida do Stegoceras devia ser assustadora, e uma marrada ou golpe da testa podia quebrar as costelas, ou até mesmo uma perna, da maioria de seus adversários. Os cientistas acreditam também que o Stegoceras usava seu rígido e pesado crânio para lutar contra outros machos pelo controle do bando e pelo direito de acasalar com as fêmeas, exibindo portanto o mesmo comportamento do actual carneiro selvagem da América do Norte. Esse carneiro, uma espécie de bode, utilizava os chifres como aríetes em suas lutas. No começo de luta, os dois dinossauros adversários avaliavam-se pelo tamanho da cabeça. Então, partiam para o ataque, colidindo as cabeças em alta velocidade.

Eles não se machucavam muito nessas batalhas violentas, porque seus cérebros, não maiores do que um ovo de galinha, eram protegidos pelo crânio grosso. Na maior parte do tempo, o Stegoceras era um pacífico herbívoro. Ele não ficava lutando o tempo todo. Movia-se pelas matas do final do Cretáceo, catando folhas e flores de árvores com sua boca bicuda.
Seus dentes eram afiados e serrilhados como um serrote, e o animal os utilizava para colher e mastigar folhas e flores, como os carneiros actuais. 



FICHA DO DINOSSAURO 
NOME Stegoceras, que significa
"tecto ossudo"
TAMANHO 2,5m de comprimento e
1,5m de altura
ALIMENTAÇÃO Plantas em geral
QUANDO
VIVEU Há 75 milhões de anos atrás,
Cretáceo, na América do Norte
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Lambeosaurus.


LAMBEOSAURUS 

Este dinossauro herbívoro tinha pele áspera, com manchas intercaladas como num mosaico. Usualmente era quadrúpede, mas também podia, quando assustado, correr só com as fortíssimas pernas traseiras. Sua boa visão e audição o ajudavam a pressentir o perigo. O Lambeosaurus exibia na cabeça uma crista em forma de luva de boxe, com um espigão ósseo na posição do polegar da luva. Os machos tinham cristas maiores do que as da fêmeas.


Alguns estudiosos acham que
a crista servia de "snorkel"ou tubo de respiração, quando o animal mergulhava.
Mais provavelmente, era uma fonte sonora..
Um cientista descobriu, ao passar o ar por
uma crista semelhante, que se produzia o
som de uma corneta medieval, talvez o ruído típico da espécie. Dentro do enorme crânio
de 2m, o Lambeosaurus possuía centenas
de pequenos e afiados dentes, para triturar sementes, pinhas, e brotos de árvores.
Depois de gastos, os dentes eram substituídos. 


FICHA DO DINOSSAURO 

NOME Lambeosaurus, que significa "lagarto de Lambe", devido ao seu descobridor, o canadense Lawrence Lambe
TAMANHO 15m de comprimento
ALIMENTAÇÃO Folhas e plantas
QUANDO
VIVEU Há 70-66 milhões de anos atrás, período Cretáceo, no Canadá, México e EUA.

Brachiosaurus.

Brachiosaurus:


O brachiosaurus foi um dos mais pesados e maiores dinossauros já existentes. A cabeça de um homem ficaria nos joelhos desse gigantesco animal.Ele tinha um corpo imenso, o pescoço muito comprido, a cabeça pequena e uma longa cauda. Era comprido como uma curte de ténis, alto como um prédio de três andares e pesado como dez elefantes grandes.
 
Um coração muito forte bombeava o sangue que era levado pescoço acima, até o pequeno cérebro do brachiosaurus. Alguns cientistas acreditam que ele tivesse vários corações para bombear o sangue por um corpo tão volumoso. Os fortes músculos do pescoço, ao longo da coluna vertebral, serviam para manter erguida a cabeça. Ao contrário da maioria dos dinossauros, suas pernas dianteiras eram mais longas que as traseiras. O brachiosaurus podia atingir os topos das árvores que ficavam fora do alcance de outros herbívoros. Graças ao pescoço comprido, ele podia arrancar as folhas mais altas, como fazem as girafas.Possuía mandíbulas fortes, com dentes em formato de colheres de bordas afiadas, capazes de arrancar brotos e galhos tenros.O pescoço do brachiosaurus media 10m e consistia em 12 vértebras. As patas do brachiosaurus terminavam em dedos curtos e grossos. Sob os ossos dos pés havia uma espécie de enchimento que amortecia o impacto do seu peso sobre as patas.Estas eram mantidas esticadas sob o corpo, o que ajudava a sustentar suas 30 ou mais toneladas.É por este motivo que os elefantes também mantêm as patas esticadas.
 
O brachiosaurus precisava comer imensas porções de alimento para que seu enorme corpo tivesse energia suficiente para crescer e movimentar-se. Um elefante come cerca de 150 Kg de alimento por dia. O brachiosaurus provavelmente comia dez vezes mais: 1500 Kg. Ele viajava em bandos e perambulavam por extensas áreas de terra em busca de árvores novas.Devido ao peso do brachiosaurus, houve tempo em que os cientistas pensavam que ele vivesse em rios e lagos, onde a água sustentaria seu peso. Eles achavam que suas patas afundariam no chão se ele andasse em terra firme. Como suas narinas ficavam no alto do crânio, ele poderia manter a cabeça à tona para respirar. Na água, este dinossauro ficaria a salvo dos ataques de carnívoros ferozes. Hoje em dia, porém, julga-se que o brachiosaurus vivia somente em terra. A pressão da água esmagaria suas costelas, comprimindo os pulmões. Sabe-se também que as suas pernas eram fortes o suficiente para sustentar o corpo em andanças pelas matas, ao longo de rios e perto de lagos.Um esqueleto quase completo de brachiosaurus foi encontrado na Tanzânia, África, em 1907. Para desencrava-lo da rocha, foram usados somente talhadeiras e martelos. Os ossos foram levados até o porto mais próximo e de lá para a Alemanha. Nesse país o esqueleto foi montado e agora está exposto no Museu de História Natural de Berlim.
 
FICHA DO DINOSSAURO
NOME Brachiosaurus, que significa "lagarto com braços"
TAMANHO Até 23 m de comprimento e 12 m de altura
ALIMENTAÇÃO Folhas e brotos
QUANDO
VIVEU Entre 152 e 145 milhões de anos atrás, fins do Jurássico, na Tanzânia, Argélia e América do Norte

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Como os dinossauros ficaram tão grandes - e tão pequenos?

A maioria das pessoas consegue ficar em pé embaixo da mandíbula de umTyrannosaurus rex montado, ou andar sob a caixa torácica de um Brachiosaurus sem bater a cabeça.

T. rex é tão grande quanto o maior elefante africano, e o Brachiosaurus, como todos os outros saurópodes, era muito maior que qualquer animal terrestre de hoje em dia. Estamos tão acostumados ao tamanho dos dinossauros que quase nos esquecemos de pensar em como eles se tornaram tão grandes. Quanto tempo levava para isso acontecer, e quanto tempo eles viviam? A forma como eles cresciam pode nos dizer algo sobre a maneira como seus corpos funcionavam?

Até recentemente, nós não tínhamos como medir a idade de um dinossauro. Os paleontólogos assumiam que, já que os dinossauros eram répteis, eles provavelmente cresciam como os répteis crescem hoje - ou seja, lentamente. De acordo com esse raciocínio, dinossauros grandes devem ter sido animais muito velhos, mas ninguém sabia quanto, porque nenhum réptil existente hoje chega perto do tamanho de um dinossauro.

Essa atitude pode ser em grande parte atribuída ao paleontólogo inglês sir Richard Owen. Quando ele batizou os Dinosauria, em 1842, estava nomeando um grupo muito pequeno e pouco conhecido de répteis grandes e incomuns. Owen ressaltou que eles eram também animais terrestres, diferentemente dos ictiossauros e plesiossauros marinhos, conhecidos desde os anos 1800. Eles tinham cinco vértebras conectadas aos ossos da bacia, não duas, como os répteis existentes hoje. Além disso, mantinham seus membros sob o corpo, não projetados para os lados.

Apesar dessas diferenças, argumentou Owen, as características anatômicas dos ossos - forma, juntas e locais de inserção dos músculos - mostravam que se tratava de répteis. Então, eles deveriam ter tido uma fisiologia reptiliana - ou seja, um metabolismo lento e de "sangue frio". A imagem colou, e até a década de 1960 os dinossauros eram retratados como animais lentos e pesadões, que cresciam vagarosamente até tamanhos gigantescos.

Contudo, evidências para as idades dos dinossauros e, portanto, para como eles devem ter crescido estavam lá o tempo todo, trancadas dentro dos próprios ossos. Embora os paleontólogos soubessem havia muitos anos que os ossos dos dinossauros contêm linhas
de crescimento semelhantes aos anéis concêntricos que vemos em árvores, foi só na segunda metade do século 20 que eles começaram a usar essas linhas de crescimento e outras estruturas dentro dos ossos para entender como esses animais extintos cresciam de fato.
Ossos que Contam História
Assim como os anéis das árvores, as linhas nos ossos dos dinossauros eram anuais. Mas elas não são tão simples de interpretar. Uma árvore carrega quase todo o registro do seu crescimento dentro do tronco. Se você a corta, consegue contar todos os anéis, um por um, do centro até a casca. Apenas a camada exterior está produzindo tecido novo; o centro é, na verdade, madeira morta. Em contraste, o centro de um osso é um lugar movimentado. Células chamadas osteoclastos tornam oco o centro de ossos longos, como um fêmur (osso da coxa), por meio da quebra de tecido ósseo existente, permitindo que seus nutrientes sejam reciclados.

Esse centro, ou cavidade medular, também é a fábrica que produz as células vermelhas do sangue .

Para desempenhar essas tarefas, o osso inteiro cresce constantemente e muda ao longo da vida. À medida que o osso cresce, tecido novo vai sendo depositado na parte exterior dele. Nos ossos longos o crescimento também acontece nas pontas. Enquanto isso, na cavidade medular, os osteoclastos erodem o osso que foi depositado mais cedo na vida e outras células fabricam tecido ósseo secundário ao longo do perímetro da cavidade ou invadindo o córtex (a camada exterior) do tecido remanescente para remodelá-lo.

Essa atividade toda no centro do osso geralmente corrói o registro do crescimento durante a juventude de um indivíduo. Conseqüentemente, é difícil cortar um osso de dinossauro e encontrar um registro completo de crescimento só por meio da contagem dos anéis. Então, nós reconstruímos a história mais antiga do osso de várias formas. Uma delas é usar os ossos de indivíduos mais jovens para completar o registro perdido. Examinando esses tecidos e contando as linhas de crescimento, é possível aproximar o número de anos que estão faltando em ossos de indivíduos mais velhos. Quando não há juvenis disponíveis, nós podemos "retrocalcular" o número de linhas de crescimento examinando as distâncias entre as linhas que estão preservadas.

Recentemente, experimentamos esse retrocálculo no Tyrannosaurus rex.

O Museu das Rochosas, em Montana, tem uma dezena de espécimes desse carnívoro gigante, e sete deles possuem membros posteriores razoavelmente bem preservados, que nos permitiram fazer micro-secções - fatias de osso finas o suficiente para exame em microscópio.
As lâminas dos membros do T. rex revelaram somente quatro a oito linhas de crescimento preservadas. Outras, perto do centro, haviam sido obscurecidas pelo crescimento de tecido ósseo secundário. E, o que é ainda mais notável, a cavidade medular é tão grande nesses dinossauros que dois terços do córtex ósseo haviam se desintegrado. Nós também notamos que em alguns indivíduos o espaço entre as linhas de crescimento de repente fica muito pequeno na direção da superfície externa do osso. Nós tínhamos visto isso antes em outros dinossauros, como entre os herbívoros de bico-de-pato Maiasaura. Isso significa o fim do crescimento ativo, essencialmente, o ponto no qual o animal atingiu seu tamanho adulto.

Nossos cálculos retroativos estimaram que o T. rex levava de 15 a 18 anos para atingir seu tamanho adulto - altura de bacia de 3 m, comprimento de 11 m e peso de 5.000 kg a 8.000 kg. (Nossas estimativas batiam com cálculos feitos por Gregory M. Erickson, da Universidade da Flórida, concluídos na mesma época.) Se isso parece um crescimento rápido, de fato é. Pelo menos para um réptil. Acontece que os dinossauros cresciam muito mais rápido que outros répteis, vivos ou extintos.

Por exemplo, Erickson e Christopher A. Brochu, da Universidade de Iowa, mapearam o crescimento do crocodilo gigante Deinosuchus, que viveu no Período Cretáceo, há cerca de 75 milhões de anos .

Esses répteis imensos alcançavam comprimento de 10 m a 11 m. Examinando as linhas de crescimento nas placas dérmicas do pescoço desses animais, Erickson e Brochu determinaram que um indivíduo precisava de 50 anos para atingir seu tamanho máximo - três vezes mais tempo do que o T. rex levava para atingir a mesma dimensão. Uma comparação mais próxima para o T. rexparece ser o elefante africano, que alcança massa de até 6.000 kg entre 25 e 35 anos. Então, o T. rex chegava ao seu tamanho adulto ainda mais depressa que um elefante.
Pesquisas posteriores mostraram que o T. rex, na verdade, não é um grande dinossauro incomum - exceto pelo fato de que ele crescia um pouquinho mais devagar que outros. Anusuya Chinsamy-Turan, da Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul, descobriu que o herbívoro Massospondylus levava 15 anos para atingir um comprimento de 2 a 3 metros. Erickson e Tatanya A. Tumanova, do Instituto Paleontológico de Moscou, descobriram que o pequeno dinossauro com chifres Psittacosaurus amadurecia com 13 a 15 anos de idade. E nós calculamos que o bico-de-pato Maiasaura chegava à idade adulta com 7 ou 8 anos, idade na qual já tinha 7 metros de comprimento. No entanto, os saurópodes gigantes (como os "brontossauros") ultrapassam todos os outros: Martin Sander, da Universidade de Bonn, na Alemanha, descobriu que o Janenschia atingia a maturidade com cerca de 11 anos, embora continuasse a crescer substancialmente depois disso. Frédérique Rimblot-Baly e seus colegas na Universidade de Paris VII determinaram que o Lapparentosaurus chegava a seu tamanho máximo antes dos 20 anos de idade. Kristina Curry Rogers, do Museu de Ciência de Minnesota descobriu que o Apatosaurus (mais conhecido como Brontosaurus) amadurecia em oito a dez anos - com um ganho de peso anual de quase 5.500 kg.

Por Dentro dos Ossos
Por que os dinossauros cresciam mais como elefantes do que como crocodilos gigantes? E o que isso significa para outros aspectos de sua biologia? Para responder a essas questões, temos de olhar dentro de um osso de dinossauro, para os tipos de tecido que ele depositava.

O tecido em um osso longo de dinossauro é chamado primariamente de fibrolamelar: ele é altamente fibroso, ou "entrelaçado, e se forma em volta de uma matriz de fibras de colágeno desorganizadas que é bem abastecida de vasos sangüíneos. Em contraste com o que nós esperaríamos em répteis comuns, esse é exatamente o tipo de tecido que predomina nos ossos de grandes aves e grandes mamíferos, que atingem seu tamanho máximo mais rápido. Um osso de crocodilo, por outro lado, é formado principalmente de tecido lamelar-zonal - um osso compacto e altamente mineralizado que contém fibras mais organizadas e canais vasculares muito menores e mais esparsos. Além disso, as linhas de crescimento em ossos de crocodilo são muito menos espaçadas que as dos ossos de dinossauro, outra indicação de que ossos de crocodilo crescem mais lentamente.

Rodolfo Amprino, da Universidade de Turim, descobriu na década de 1940 que o tipo de tecido depositado em um osso, em qualquer local ou momento do crescimento, era basicamente uma função do quão rápido o tecido cresceu naquele ponto. O tecido fibrolamelar, independentemente de onde é depositado, reflete um crescimento local rápido, enquanto o tecido lamelar-zonal reflete um crescimento lento. Um animal pode depositar qualquer um desses tipos de tecido, em épocas diferentes, e aquele que predomina ao longo da vida é o melhor guia para sua taxa de crescimento.
Uma diferença entre dinossauros de um lado, crocodilos e outros répteis de outro é que os dinossauros depositam tecido fibrolamelar em todo o período de crescimento até o tamanho adulto, enquanto outros répteis mudam muito cedo para o tecido ósseo lamelar-zonal. Nós inferimos disso que os dinossauros sustentavam um crescimento mais rápido até a fase adulta - era a melhor explicação para a persistência e predominância de tecido fibrolamelar.

O ritmo com o qual os dinossauros cresciam foi verificado de uma forma diferente por Erickson, Rogers e Scott A. Yerby, da Universidade Stanford.

Usando estimativas da massa corporal de dinossauros, eles tabularam a massa dos animais em relação ao tempo. Assim, obtiveram curvas de crescimento para várias espécies, e as compararam com curvas de outros vertebrados. Descobriram que os dinossauros cresciam mais depressa que qualquer réptil atual, e que muitos deles cresciam a taxas semelhantes às dos marsupiais modernos. Além disso os maiores dinossauros cresciam a taxas comparáveis às de aves de amadurecimento rápido e grandes mamíferos. Confirmamos seus resultados com nossos estudos sobre o comprimento.

De certa forma, os achados não foram inesperados. Anos atrás, Ted J. Case, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, mostrou que em qualquer grupo de vertebrados (peixes, anfíbios etc.), espécies menores crescem a taxas absolutas mais baixas; então, embora animais grandes atinjam o tamanho adulto em mais tempo, crescem mais rapidamente que os pequenos. O surpreendente é que os dinossauros crescessem tão depressa quanto foi medido.

Estávamos curiosos para saber quando no curso da evolução os dinossauros começaram a crescer tão depressa, então tabulamos nossas taxas de crescimento estimadas num cladograma (um diagrama de relacionamentos), que foi construído a partir de características independentes de todas as partes do esqueleto. Acrescentamos as taxas estimadas de crescimento de pterossauros (répteis voadores aparentados com dinossauros), crocodilianos, e lagartos. Colocamos as aves entre os dinossauros porque as aves evoluíram desses animais.
Metabolismo Diferente
Para ajuda adicional na estimativa das taxas de crescimento dos dinossauros, estudamos aves modernas, que possuem os mesmos tipos de tecidos dos ossos de dinossauros. Jacques Castanet, da Universidade de Paris VII, injetou em patos um corante que marcava os ossos durante o crescimento. Ao usar cores diferentes em períodos diferentes, ele conseguiu medir as taxas de crescimento semanal em aves sacrificadas.

Usando essas calibragens, determinamos que dinossauros e pterossauros cresciam a taxas muito mais altas que os outros répteis. Encontramos uma variação considerável entre os dinossauros e pterossauros, espelhada pelas descobertas de Castanet em aves: os animais que cresciam relativamente mais devagar que os outros eram os menores - assim como Ted Case previa.

O estudo dos ossos de dinossauro nos ensinou muita coisa sobre a evolução de algumas características desses animais. Há 230 milhões de anos, na primeira parte do Período Triássico, a linhagem que produziria dinossauros, pterossauros e seus parentes se separou da linhagem que daria origem aos crocodilos e seus parentes. A linhagem dinossauriana logo adquiriu taxas altas de crescimento que os diferenciaram de outros répteis. Esse crescimento acelerado deve ter desempenhado um papel no sucesso de que os dinossauros e pterossauros gozaram no final do Triássico, quando tantos parentes dos crocodilos e outros grupos arcaicos com uma estrutura óssea mais tipicamente reptiliana se extinguiram.

As altas taxas de crescimento dos dinossauros também dão uma idéia das suas características metabólicas. Quanto mais alta a taxa de metabolismo - quer dizer, quanto mais energia é devotada à construção e quebra de ossos e outros tecidos - mais rápido esses tecidos crescerão. Então, evidências de crescimento acelerado implicam que os animais em questão tinham taxas metabólicas basais relativamente altas. Como os dinossauros não cresciam como répteis modernos, suas taxas metabólicas provavelmente eram parecidas com as de aves e mamíferos. Isso sugere que eles deveriam ser animais de sangue quente, em um sentido geral.

Mas é difícil saber detalhes como a dinâmica da temperatura corporal. Há muitas questões a serem respondidas. Dinossauros eram criaturas singulares - não eram répteis convencionais mas também não eram como outros animais modernos. Se alguém achar um dia uma ave de cinco toneladas, várias questões serão resolvidas.

Pequeno dinossauro foi bípede mais rápido do mundo.


Um dinossauro do tamanho de um gato que viveu há 150 milhões de anos foi o animal mais rápido sobre duas patas que existiu, segundo um novo estudo publicado pela revista Proceedings of the Royal Society.

O animal, semelhante a um lagarto, foi batizado como compsognato (Compsognathus longipes). Ele pesava três quilos e podia cobrir cem metros em pouco mais de seis segundos, velocidade que envergonharia os modernos atletas olímpicos.
A sua velocidade máxima era próxima a 64 km/h, segundo simulações feitas em computador. Era mais rápido que o avestruz, o mais veloz de todos os bípedes de hoje.
Segundo a simulação, a velocidade máxima de um avestruz de 65 kg é de 55,4 km/h, muito superior à de qualquer humano, mas inferior à do compsognato. O pequeno animal superaria em velocidade todos os outros dinossauros conhecidos, inclusive o velociraptor, segundo um modelo de biomecânica desenvolvido pela Universidade de Manchester (Reino Unido).
O especialista em biomecânica Bill Sellers e o paleontólogo Philip Manning usaram um computador de grande capacidade para reconstruir as velocidades de outros quatro dinossauros: velociraptor, tiranossauro, dilofossauro e alossauro.
O computador utilizou os detalhes da anatomia de cada um desses animais, de pesos que variavam de 3 kg (no caso do compsognato) a 6 t (tiranossauro), para determinar a biomecânica ideal de cada um.
O sucesso do filme O Parque dos Dinossauros reforçou as perguntas sobre a velocidade dos grandes lagartos. Alguns cientistas inclusive duvidam que o maior deles, o tiranossauro, pudesse correr. Mas os dois pesquisadores britânicos respondem que ele chegaria a cerca de 29 km/h.

curiosidades.

FATOS INCRÍVEIS
Quantos tipos de dinossauros existiram?700 espécies de dinossauros foram nomeadas. Mas os cientistas acreditam que ainda serão descobertas 800 espécies de dinossauros.
Como são nomeados os dinossauros?- O nome de um dinossauro pode estar relacionado a alguma característica física marcante. Ex: Triceratops
 - Ao local onde foi encontrado.
Ex: Argentinosaurus
- Ou ao nome do responsável pela descoberta. Ex: Herrerassaurus
Como os dinossauros se comunicavam?
Os cientistas acreditam que eles se comunicavam através de sons e movimentos.
Exemplo: os dinossauros que viviam em florestas emitiam sons agudos que atravessavam as árvores.
Exemplo de movimento:  os dinossauros batiam a pata no chão, ou então balançavam a cabeça.
Quem encontrou milhares de ovos de dinossauros?
Um grupo de cientistas americanos e argentinos, em 1997, encontrou ovos de titanossauros.
Os dinossauros têm sangue quente ou frio?
A discussão entre os cientistas continua. Alguns dinossauros têm sangue quente como os mamíferos e outros têm sangue frio como os répteis. Dinossauros ágeis como o Deinonychus, indicam um modo de vida de sangue quente. Também foram encontrados alguns dinossauros que tinham penas e apenas animais de sangue quente precisariam ter este tipo de proteção. Por outro lado, dinossauros como o Stegosaurus, tinha placas nas costas, capazes de absorver o calor do sol, o que indica que eles tinham sangue frio.
O Maior Dinossauro
Argentinossauro que pesava 49 toneladas.
O Maior comedor de Carne
Theropods Giganotossaurus (lagarto gigante) e Carcharodontossaurus (lagarto com dentes de tubarão) Eles mediam aproximadamente 14 metros.
O Mais Cabeçudo
Incluindo sua cabeça o Torossaurus media 2,8 metros de comprimento, é maior que um carro Sedan.
O Mais Pescoçudo
Mamenchissaurus. Seu pescoço media mais de 9,8 metros, ou seja, quase metade do seu corpo era o pescoço.
O Menor Cérebro
Stegossaurus. Seu cérebro pesava 70 gramas e era do tamanho de uma noz.
O Maior Nome de DinossauroMicropachycephalossauros.
O Menor de Dinossauro
Minmi.
- Iguanodonte é um dos dinossauros mais comuns. Num mesmo lugar, entre 1878 e 1881, em uma mina na Bélgica, foram encontrados mais de 39 esqueletos de Iguanodontes.
- Um dos mais raros dinossauros conhecidos é o Baryonyx. Apenas uma espécie foi encontrada. Ele tinha um polegar que media 30 centímetros em uma das garras.
- Fósseis de dinossauros foram descobertos nas rochas do período Triássico. Um dos primeiros dinossauros pode ter sido os Eoraptor, que foi descoberto na Argentina em 1991. O nome significa “lagarto precoce”, pois esse carnívoro viveu cerca de 228 milhões de anos atrás, no início da era dos dinossauros.
- Foram encontrados restos de dinossauros em Madagascar, na África, que podem ser mais velhos do que o Eoraptor, com cerca de 234 milhões de anos. No entanto, os restos estão em más condições e os cientistas ainda estão debatendo a descoberta.
- O primeiro dinossauro carnívoro encontrado foi o Piatnitzkysaurus, no período Jurássico.
- O nome do primeiro dinossauro foi do carnívoro Megalosaurus, em 1824.
- O nome Ornithomimid significa “pássaro que imita réptil” porque os cientistas acreditavam que eles tinham a estrutura de uma ave de longas patas, como as avestruzes.
- Durante muitos anos, tudo o que os cientistas conheciam sobre o Troodon era um dente. O nome “troodontid” significa “ferimento no dente”.
- Troodon, é o mais conhecido troodontid. Ele tinha grandes olhos e um cérebro relativamente grande para o tamanho do seu corpo, dando uma reputação de ser um dos mais inteligentes dinossauros e um bem sucedido caçador. Os cientistas se basearam nessa teoria e analisaram a semelhança entre o cérebro e o canal do nervo ótico para estudar os fósseis dessas modernas criaturas predatórias.
- Fósseis de troodontid são raros, pois seus finos ossos são de difícil preservação.
- Dromaeosaurid significa “lagarto predador”. Esses pequenos e agressivos caçadores eram rápidos e fatais com suas garras enormes e afiadas.
- No deserto de Gobi, na Mongólia, foram encontrados muitos fósseis do pequeno herbívoro Protoceratops, que os paleontologistas chamaram de “ovelhas de Gobi”.
- Emaranhados de fósseis encontrados no deserto de Gobi, em 1971, mostra um Protoceratops e um Velociraptor lutando. O Velociraptor tinha agarrado o focinho do Herbívoro, enquanto chutava sua garganta. O Protoceratops tinha agarrado o adversário com seu resistente bico. Os animais podem ter morrido por suas feridas ou por uma queda na areia nas proximidades de uma duna.
- Coprolites – estrume fossíl – contém os restos do que dinossauros comeram, tais como fragmentos ósseos, peixes e restos de plantas.
- Um ovo de dinossauro só pode ser identificado se o embrião for preservado. Isso só foi possível com: Troodon, Hypacrosaurus, Maiasaura, Oviraptor e recentemente o Titanosauro.
- O primeiro esqueleto completo de Titanosauro foi encontrado em Madagascar em julho de 2001. Titanosauros cresceram cerca de 15 metros de comprimento, mas seus ossos eram relativamente leves, então alguns resistiram.
- Durante muitos anos, o Tiranosauro teve a reputação de ser o maior carnívoro, mas eles perderam esse título em 1993 quando um dinossauro carnívoro ainda maior foi encontrado no sul da Argentina. Era o Giganotosaurus Carolinii.
- Acredita-se que os Giganotosaurus tinham o peso de 125 pessoas e uma cabeça duas vezes maior que a de um Allosaurus.
- Pegadas de dinossauros são mais comuns do que ossos de dinossauro. Eles geralmente recebem o nome dos próprios cientistas porque é difícil dizer por qual animal específico as pegadas foram feitas.
- Poucas trilhas de dinossauros mostram as marcas de uma cauda, o que sugere que os dinossauros caminharam com suas caudas levantadas do chão.